Cena improvisada em aula entre mim, Joelma, Aline e Gabriela:
(CENA SE PASSA NA SALA DE ESPERA DE UMA DELEGACIA. HÁ UM HOMEM E UMA
MULHER EM CENA.)
Homem (Nervoso, anda de um lado para outro) – Que demora, não?
Mulher (Mal-humorada) – É. É assim mesmo! Sempre fazem a gente esperar!
Homem – A senhora está aqui por quê?
Mulher (Desconfiada) – Não interessa, não é da sua conta!
Homem (Espantado com grosseria da mulher) – Nossa! Que mal humor! Deve ter feito algo muito grave!
Mulher – Não fiz nada. Fui roubada, sou a vítima! Aposto que quem fez foi você!
Homem – Foi você quem disse que eles nos fazem esperar! Entendi na hora: já esteve aqui antes e fala de mim! Eu nunca estive numa delegacia antes, minha senhora!
Mulher – Nem eu... Ouvi falar como é na televisão...
Homem – Sei...
Mulher – E o senhor está aqui por quê?
Homem – Não sei, me ligaram para vir! Disseram ser sobre um... Um objeto do qual eu quis me livrar... Não livrar... Eu... Eu penhorei...
Mulher – Sei... Imagino que objeto é esse!
Homem – Não é nada disso! É um objeto que está na família há anos! Foi do avô do avô do meu avô!
(Entra delegada com uma bandida algemada)
Delegada – Silêncio! A senhora reconhece isto?
Mulher – Minha bolsa! (Pega a bolsa depressa) Foi essa bandida quem roubou minha bolsa!
Delegada – Não está sentindo falta de nada?
Mulher – Deixa-me ver... Está faltando a arma!
Homem – Arma?
Mulher – Sim, sou colecionadora. É uma arma antiga e...
Homem – Espere aí, onde encontrou esta arma?
Mulher – Numa loja de penhores na esquina da rua 34!
Homem – É minha! A arma do avô do avô do meu avô!
Mulher - Não senhor é minha! O senhor penhorou!
Homem – Mas, mas...
Delegada – E por que penhorou, posso saber?
Homem – É por que precisei pagar a operação da minha mamãezinha! Ela queria colocar silicone, a chamavam de “peitinho” sabe e... E...
Bandida – A senhora quer me soltar, por favor?
Delegada – Claro! (Vai soltando a bandida).
Mulher – Mas... Mas... É uma ladra! Onde está minha arama?
Homem – Minha arma! Ou melhor, a arma do avô do avô...
Delegada – Calado! (Fala para a bandida) Como vai ser?
Bandida (Despreocupada, como se aquilo já tivesse acontecido outras vezes) – Aqui está todo o dinheiro! Obrigada!
Delegada (Cordial) – Obrigada você, volte sempre!
Mulher (Indignada) – Corrupta!
Delegada (Furiosa e autoritária) – Desacato a autoridade! Está presa!
Mulher – O quê?
(Delegada algema a mulher)
Mulher (Desesperada) - Mas... Mas... Eu sou a vítima, eu...
Homem – Muito bem! Bem feito! Agora a senhora pode me devolver minha arma e...
Delegada – A arma agora é minha!
Homem – Sua não! Do avô do...
Delegada – Está me desafiando?
Homem – Do... Avô...
Delegada (Autoritária)– Desacato! Está preso!
Homem – O que? Mas além de corrupta, ainda...
Delegada – Terão que pagar para sair!
Mulher – Mas delegada...
Homem (Desesperado)- Mas não tenho dinheiro! O único que eu tinha era do penhor da arma que foi pra minha mamãezinha, pro peitinho... E...
Mulher – Também não tenho como pagar!
Delegada – Então ficaram presos aqui! Vamos indo! (Delegada vai empurrando-os sob os protestos de ambos).
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Transição
Há 12 anos
3 comentários:
Tadinha da mãe do Fábio que ficou sem a cirurgia de peitinho hahaha. A cena foi muito boa! Beijos
Peitinho! Rsrsrs!
Adorei Fábio, vc escreveu tudinho mesmo!!Muito bom!
Assim pude gargalhar com a parte que ouvi pouco lá de fora da sala...
-peitinho...rs
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