Bem e Mal através de algumas RELIGIÕES

sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Olá a todos.

Me surgiu a curiosidade de pesquisar coisas sobre diversas reiligiões. Bem, o fato é que acho importante para todos nós isso. Pesquisar de uma forma total ou generalizada das religiões seria algo meio complicado. Portanto, decidi pesquisar por um tema pertinente à nossa montagem. É fato que não envolvi na pesquisa todas as religiões pertinentes a nosso trabalho, tampouco todas as pesquisadas se fazem pertinentes por não se apresentarem em nosso trabalho. Eu tinha feito essa pesquisa a um tempo e agora decidi a reunir e postar. Bom, ela segue abaixo para quem estiver interessado.

Bem e Mal

Rápida definição:

Bem – Designa, em geral, o acordo entre o que uma coisa é com o que ela deve ser. É a atualização das virtualidades inscritas na natureza do ser. Relaciona-se com perfeito e com perfectibilidade.
Mal – Para a moral, é o contrário de bem. Aceita-se, também, como mal, tudo o que constitui obstáculo ou contradição à perfeição que o homem é capaz de conceber, e, muitas vezes, de desejar. Divide-se em: mal metafísico (imperfeição); mal físico (sofrimento); mal moral ("pecado").

Para o Espiritismo:
Para os espíritos superiores não há como abordar a questão do bem e do mal sem enfatizar a moral, que é a regra da boa conduta e, portanto, da distinção entre o bem e o mal. Por sua vez, a moral funda-se na observação da lei de Deus.
Assim, a tão complicada questão do bem e do mal, que tantas controvérsias interpretativas ainda traz, sobretudo às esferas da religião e da filosofia, perde seu sentido paradoxal na clareza do ensinamento dos espíritos superiores. Fazer o bem é se conformar à lei de Deus; fazer o mal é infringir essa lei, ensinam os espíritos a Allan Kardec.
E com isso, alicerçam o fundamental conceito espírita de ação e reação, o que nos possibilita compreender o funcionamento das leis de justiça divina. Para o espiritismo a criatura não é punida nem é recompensada por Deus, mas sim, colhe aquilo que espontaneamente semeou, através de sua conduta e suas obras, conforme muito bem explicou Jesus.

Por que o mal se encontra na natureza das coisas?
Pergunta profundamente filosófica esta de Kardec aos espíritos que o assessoravam durante a compilação de O Livro dos Espíritos. E eles respondem: Já te dissemos: os espíritos foram criados simples e ignorantes. Deus deixa ao homem a escolha do caminho: tanto pior para ele se seguir o mal; sua peregrinação será mais longa. Se não existissem montanhas, não poderia o homem compreender que se pode subir e descer; e se não existissem rochas, não compreenderia que há corpos duros. É necessário que o espírito adquira experiência e para isto é necessário que ele conheça o bem e o mal; eis porque existe a união do espírito e do corpo.
Os espíritos ainda esclarecem que o mal depende, sobretudo, da vontade que se tenha em fazê-lo e que o homem é tanto mais culpado quanto melhor sabe o que faz.
Outro conceito importante, na questão do bem e do mal, é a de que não é suficiente apenas deixarmos de fazer o mal para nos mostrarmos agradáveis a Deus, tentando assegurar uma situação futura. É preciso fazer o bem, no limite das próprias forças, pois cada um responderá por todo o mal que tiver ocorrido por causa do bem que deixou de fazer.
Mas este conceito ainda vai além, como um roteiro seguro para a nossa jornada evolutiva na Terra. Enfatizam os espíritos: Não há ninguém que não possa fazer o bem; somente o egoísta não encontra jamais ocasião de praticá-lo. É suficiente estar em relação com outros homens para se fazer o bem e cada dia da vida oferece essa possibilidade a quem não estiver cego pelo egoísmo, porque fazer o bem não é apenas ser caridoso, mas ser útil na medida do possível, sempre que o auxílio se faça necessário.

Para os Judeus:
Deus é o Criador de todas as coisas. O judaísmo não tem o conceito de Diabo. Enquanto em hebraico existe a palavra satã, e ela de fato é mencionada várias vezes na Bíblia Hebraica, o seu significado é completamente diferente do atribuído pelos cristãos – em hebraico satã quer dizer oponente, referido por regra no contexto da luta interior individual entre dois opostos. O “Mal” é produto exclusivo das ações, individuais e coletivas, do Homem, assumindo-se como o resultado de um processo cósmico de “causa e efeito” equiparável às teorias da física newtoniana.

Para o Catolicismo:
No catolicismo o bem e o mal são absolutos e não se misturam. O bem está em Deus e o mal é encarnado na figura do Demônio. No catolicismo não há lugar para tons. As entidades sobrenaturais são absolutamente boas ou absolutamente más. Quem transita entre os extremos é o homem e a busca da salvação envolve uma opção decidida pela trilha do bem.

Para a Umbanda:
Na religiosidade ioruba não existe maniqueísmo¹, o que não quer dizer que essa religião desconsidera o bem e o mal. Para os iorubas, o bem e o mal estão no mundo, mas não de forma absoluta e personificada. O bem e o mal permeiam todas as esferas e entidades, sejam as que habitam o mundo natural (Aiê), bem como as que vivem no mundo divino (Orum). Os orixás não fogem à regra. Eles têm traços de personalidade que lembram os seres humanos e não há nenhuma associação absoluta deles ao bem ou ao mal. Talvez, a entidade divina ioruba que melhor represente a ambigüidade dos orixás seja Exu². (ver anotação abaixo de tudo sobre Exu) A partir dessas duas visões distintas, a católica e a ioruba, formou-se a visão umbandista sobre o bem e o mal. De modo geral, a Umbanda pendeu mais para a vertente ioruba e não apresenta um perfil maniqueísta.
Pode-se dizer que a umbanda herdou da religiosidade ioruba um comprometimento com o imediato, diferentemente do catolicismo que apregoa um investimento de longo prazo na salvação. Essa característica fundamental da umbanda que contrasta bastante com a postura católica torna comum a adoção da umbanda como segunda religião de muitos brasileiros que quando pensam em salvação, vão à missa, mas que quando estão envolvidos em algum apuro, vão ao terreiro.

1- Maniqueísmo:
Filosofia dualística que divide o mundo entre Bem, ou Deus, e Mal, ou o Diabo.
2- Sobre Exu:
Exu serve como intermediário entre os Orixás e nós, homens. É a força da criação, é o princípio de tudo, o nascimento, o equilíbrio negativo do Universo, o que não quer dizer coisa ruim. Exu é a célula da criação da vida, aquele que gera o infinito, infinitas vezes. É o primeiro passo em tudo.Está presente, mais que em tudo e todos, na concepção global da existência. É a capacidade dinâmica de tudo que tem vida. É a abertura de todos os caminhos e a saída de todos os problemas. Aquele que ludibria, engana, confunde; mas, também ajuda, dá caminhos, soluciona. Não é dele a responsabilidade de decidir o que é certo ou errado; apenas realiza a tarefa para a qual foi invocado. “Exu está em todos os locais; é o próprio movimento. “”Vamos a partir de agora ver o Exú e a Pomba Gira como aquela polícia que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre uma hierarquia de comando, acima dele os guias chefes da Casa. Podemos também ver os Exús como aqueles lixeiros que passam pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”. Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido.”

Para a Igreja Messiânica (Sekai kyusei kyo)(fundada por Meishu Sama):
O Bem e o Mal estão misturados neste mundo e se manifestam sob diversos aspectos. Mas porque existem homens bons e homens maus? (são eles de divergente da nossa nesse processo) Deve haver alguma causa fundamental que os origina e esta causa precisa ser conhecida.
Vou definir o homem bom e o homem mau.
O homem bom acredita no invisível. O homem mau não acredita no invisível. Quem acredita no invisível, acredita na existência de Deus; em outros termos, é espiritualista.
Quando um homem pratica o Bem, seus pensamentos emanam do amor, da misericórdia, da justiça social e, em sentido amplo, do amor à humanidade. Há homens que praticam o Bem por acreditarem na lei do karma. Ajudam os outros por compaixão, imbuídos do pensamento budista de retribuição das quatro obrigações (gratidão aos Pais, ao Mestre, aos Três Tesouros e ao Soberano). O homem de fé sente-se grato a Deus.
Vejamos agora a psicologia do homem mau. Quem pratica maus atos não acredita absolutamente na existência de Deus. Essas pessoas pensam que podem praticar qualquer maldade para se beneficiarem, desde que consigam fazê-lo às escondida. Têm pensamentos niilistas, iludem os outros como se tratasse da coisa mais comum, prejudicam o próximo sem pensar nas perturbações que causam aos homens e à sociedade. A guerra é um assassínio grupal. Os heróis da antiguidade provocavam grandes guerras para alimentar o seu desejo ilimitado de poder e procediam de acordo com o lema segundo o qual " a razão está com quem detém o poder".
Mas há um velho ditado que diz: " Enquanto os ventos lhes são favoráveis, o homem vence até o céu; quando o céu decide, entretanto, o homem é subjugado". O homem mau pode prosperar durante algum tempo, mas o seu fim será sempre um destino trágico. Isto é claramente demonstrado pela História. O motivo de sua ruína, naturalmente, foi o mal que praticou.
Essas pessoas, porém, crêem que obter vantagens à custas dos outros é até uma prova de esperteza e por isso praticam o maior número possível de atos malignos.
Quem erra praticando o mal, vive sempre intranqüilo, no terror de ser descoberto e preso a qualquer momento. E torturado pelo peso da consciência, terá de se arrepender fatalmente.
Muitas vezes, uma pessoa que cometeu um delito acaba por denunciar-se a si própria. Isto acontece porque a alma, dada por Deus, foi repreendida por Deus. E não raro, ao ver-se presa e condenada, fica até contente, sentindo-se aliviada. Porque a alma se comunica com a divindade através do fio espiritual. Portanto, quando um homem pratica o mal, mesmo que iluda perfeitamente os olhos dos outros, não consegue iludir-se a si mesmo. Através do fio espiritual que liga o homem à divindade, Deus conhece detalhadamente todos os atos do ser humano. Todas as coisas que o homem pratica ficam registradas no Livro de Yama ( O Senhor de Hades, o Rei do Inferno). (Seria interessante pesquisar isso, verei)


Fontes:
www.ceismael.com.br/artigo/bem-e-o-mal
ruadajudiaria.com/?p=61
www.meishusama.org
www.saocosmeedamiao.com.br/
www.guia.heu.nom.br
www.naturamistica.com.br
www.ieja.org/portugues/Estudos/Artigos/p_conceituacaoespiritasobreobemeomal

1 comentários:

Fábio Freitas disse...

Puxa Lucas! Muito interessante! Tem muita coisa que a Andrea acabou comentando em aula! Bem boa sua pesquisa eu achei! Parabéns! Abraços!
Ah! Acho interessante talvez pesquisar sobre os ateus e agnósticos. Há diferença. Deve ser mais fácil né? Mas enfim... Abraçoô! \o/

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